quarta-feira, 5 de junho de 2013

sol quebrando a janela.



Sento me em torno desse buraco apoiando minha sombra dentro desse abismo.
Vejo um sol tão fundo no alto que num da pra enxergar seu fim.
Um lápis que rasga a pele cada centímetro mais longe de registrar a palavra.
Mas agora tudo é tecnologia e eletrônicos e ele manda uma mensagem de amém para que sempre se sinta melhor daquilo que concebe como auto-indulto. Ufa, dessa vez consegui mais uma vez!

Separa a sombra do chão, cola-a no sol. Pra não ter que ficar olhando pro chão o tempo todo, sem contar que o brilho ofusca a visão. Ufa, consegui dessa vez mais uma vez!

Um pulo. Onde é mesmo que estava o lance do auto-indulto? Ah sim, um sinônimo de flagelo agora. Mas tente esquecer, nem sempre se deve dizer as coisas mesmo.

Mas ainda sentado aqui, mas tudo agora se parece com o lado de fora de uma porta, e assim dizemos pras nossas mamães: estou indo la fora, ta?!

Só que o medo sempre nos traz de volta, incoerente, meio que quase.

No inverno temos cheiro de solidão debaixo dos cobertores e nos sentimos quentes. É tão sentido sentir.

Mais um amanhã por favor.

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