Um dia após o outro. Sempre! Mas parece que de repente numa espécie de Déjà Vu, acordei quando eu tinha por volta dos meus nove anos. Não sei se as caracteristicas do dia se assemelharam, ou simplesmente uma tentativa de resgate emocional.
Numa espécie de borracha do ontem o hoje acordou e e ele era mais ou menos assim (a falha na transição verbal foi proposital). Era domingo, minha mãe ouvia musica, que normalmente era Milionário e José Rico. A qual hoje deu lugar para os cantos da igreja que ela frequenta. Ela semrpe estava fazendo algo na cozinha, cantando junto com a música (caracteristica de grande parte da familia de meus avós materno Candiani-Dias), eu ficava ouvindo ainda com o zóio ramelento la na cama toda essa movimentação, numa espécie de sentimento de solidão, a falta de alguma coisa que de certa maneira eu sabia que nunca esteve ali. Eu buscava algo ali, nem que fosse deitado. Talvez fosse um sentimento, ou um lugar... num sei o que era. Jamais saberia naquele momento.
Acredito que hoje esses sentimentos ainda existem aqui, nos cantos dentro de mim. E eu continuo jamais sabendo o que é. Mas continuo, esse nó dentro da garganta. Essas coisas repetitivas feitas por outros heróis invisiveis que todos ainda acham que fazem algo pra si hoje em dia. Tudo isso me deixa entediado demais. Mas eu to ali buscando, aqui, mas é por causa da dor. Sorrir só porque é simpático?! Respondo como sabiamente responderia minha amiga Larissa: Meu cu pra todos vocês e tudo isso. Nada canta junto com a musica. É aquela coisa de ter a própria ordem. Henrique e a ordem dos templários. Que nada! Hehe... É encenação.
Tudo começou pois eu sonhei algo que me tirou o sono. E a musica do Milionário e José Rico - Sonhei com você, bateu direto na minha cabeça nos primeiros segundos de zóio aberto do dia. E todo aquele sabor amarelo azulado dos meus nove anos grudaram nos nós da minha garganta, eu olhei pro espelho e vi tudo daquele ser sem caracteristica, mas com linhas de expressões precoces, olhando para depois do espelho. Estava tudo ali, me jogando pra fora da cama. me trazendo pra dentro de volta. Um reboliço só, gritando ainda mais: NADA DISSO ME CONFORTA E NÃO ME CONVENCE! ENFIA NO CÚ! Eu quero mais, muito mais. E se é pra borracha tirar com a minha cara e ficar apagando o ontem de mim, da ela aqui que eu mesmo apago tudo e se foda.
[...]minhas lágrimas molharam as fronhas do meu travesseiro[...]
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