As cores mais nobres, as flores mais breves, as luzes mais exuberantes, nascem agora. Tapetes de ipês pelas ruas, a cidade parece resplandecer em beleza cintilante. E que o mato cresça, ele ta mais verde agora.
É como se você pudesse sentir os sabores frescos e refrescantes das cores, e o cheiro?! Da até pra tocar! E com tanta exuberância e exatidão, você começa a ouvir uma musica que jamais ouviu ou ouvirá em reprodução, como uma sinfonia que evolui 24 horas por dia durante todo o outono inteiro. Os azuis são os tons graves, como os do baixos, tímpanos e a tuba; os amarelos soam como vibra fones; os laranjas, as cornetas e todos os outros metais; os vermelhos, os violinos; os rosas, as flautas; os verdes, os cellos; os brancos, os pianos; são tantos tons de cor e de som que o peito explode!
E de repente uma buzina e uma freiada longa ecoa de longe, e a voz de um “Féladaputa” brota das profundezas da vida robotizada e recita: Vai fotografar na casa do caraleo, seu imbecil!



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