A gente se esmera pra se
adaptar ao mundo. Cria uma cartilha pra julgar os certos e os errados dentro de
uma sociedade avaliadora e formas acusativas de se socializar. É como se a
falta de questionamento diante ao espelho fosse o símbolo do nosso hoje. Então
chega uma série de porquês pra nos lembrar de como estamos errando, o lance das
formas acusativas em se socializar. E por conseqüência nos achamos todos,
sistematizados, prontos a se enquadrar em um formato, qualquer. Um valorzinho,
ou não, dependendo do que se espera, que nos leva, sim, todos, ao mesmo lugar.
O homem adquiriu sabedoria com
o decorrer dos tempos. Cada vez mais sábio, e com isso, cada vez mais triste, às
vezes sentimos (esteja certo da diferença de sentir e aceitar). Em nossa eterna
busca por mais, por tudo. Queremos tudo, né?! Sempre queremos tudo. A gente não
pode perder nada. A sistematização da sabedoria nos ensina que podemos ter
tudo. Não é necessário fazer escolhas. Apenas queira tudo. E a aquisição de
coisas sistêmicas vai consumindo e encadeando todas as outras. O homem se
afasta da organicidade da existência. Pra que algo sensível se agora temos a
razão em nosso favor?!
Não é necessário sentir, minha gente. A emoção
só levou o ser humano a se entorpecer de si mesmo e seus valores retrógrados.
Mas perai, isso num é emoção, ou pelo menos não a emoção em si. É apenas uma
parte do que se sente. Então o que há de errado é no que se sente e não emoção
em ode. Mas o que é certo de fato?! Não há. Apenas a mecanização mata o
sentimento. Mas porra, já diz a lei do homem, matar é crime. Pois, tira-se a
liberdade de escolha do outro indivíduo, a de sentir. Logo, sistematização o é
também. Felizes seriam os animais por seguirem seus instintos?! Não há uma
resposta certa. Mas a máquina precisa entrar em renuncia. Aonde foi que a
liberdade chegou...